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Joey: "Não somos uma banda, somos uma cultura"


O percussionista do SLIPKNOT, Shawn “Clown” Crahan foi entrevistado por Marton Boulton no site australiano The Age. Um trecho traduzido da matéria segue abaixo:
“Damos tudo a você”, ele diz. “Somos a maior banda do mundo até onde eu saiba. Eu sempre rio quando as bandas dizem, ‘Sabe, sem as máscaras eles não seriam nada.’ OK, tente tocar uma de nossas músicas, tente tocar as partes de bateria do nosso baterista, tente tocar as guitarras em nossas músicas. Agora coloca uma máscara e toda a tralha e corra como se você estivesse num jogo de rúgbi – daí eu vou começar a te ouvir. Senão, porque você não tira sua camisa e fala pra todo mundo o quanto você é fodão e como você tem que dar um tempo. Nós nunca temos que fingir o que somos – somos intensos, isso sim”.
Crahan tem 42 anos, é o membro mais velho da banda de heavy metal que se formou em 1995, lançou seu álbum de estreia em 1998 e ganhou enorme popularidade ao redor do mundo com o lançamento  do sucessor, o disco ‘Iowa’.
Shawn Crahan

Falando de sua casa em Des Moines, Iowa, Crahan pode parecer um astro do rock egocêntrico querendo aparecer com milhões de discos vendidos, mas seus comentários sobre a banda que ele formou com o baixista Paul Gray mascaram um homem de família com os pés bem fincados no chão, que diz que ele faz o que sempre quis.
A morte súbita de Gray em um quarto de hotel em 2010 despedaçou seus colegas de banda, mas Crahan diz que a força das pessoas ao redor da banda os juntou de um modo mais forte do que eles jamais tinham sido.
”Não somos uma banda, somos uma cultura, e isso só vai crescer”, ele diz. “Quando estamos em turnê, tudo que eu quero é ver tudo deles… somos algo especial, somos nossa própria entidade”.


Entrevista de Joey Jordison a HardrockHave.net:


Cameron Edney, do HardrockHave.net, entrevistou Joey recentemente e ele falou sobre a volta do Slipknot  a Austrália no fim do mês para o Soundwave Festival, a edição de aniversário de 10 anos do Iowa e mais. 
Confira a entrevista completa:
Joey Jordison (Baterista)

Joey, muito obrigado por tirar um tempo e falar com a gente hoje, é fantástico ver o Slipknot  voltando para a Austrália em alguns dias, vocês devem estar muito animados para voltar pra cá!
Estamos mesmo! Cerca de seis meses atrás nós fizemos o headline do Rock in Rio e foi incrível. Um pouco antes disso nós tivemos a confirmação do Soundwave, e nós realmente queremos isso. Muitas turnês aparecem pra gente e essa é uma que a banda realmente queria fazer. Queríamos voltar para a Austrália antes do próximo album e eu acho que vai ser uma boa forma de fechar o ciclo. Mal podemos esperar pra chegar lá, o tempo está passando muito rápido e todos estão bem animados.
Nós também estamos Joey, esses shows serão bem especiais. Ano passado vocês lançaram a edição de aniversário de 10 anos do Iowa. Quando você lembra do processo de gravação, o que vem a sua mente?
É estranho porque eu não escuto minha música tanto assim. Você fica em turnê durante um ano e meio em cada álbum e acaba ficando de saco cheio, mas o bom é que quando você fica um tempo longe disso, a mesma coisa aconteceu quando lançamos a edição de aniversário do nosso primeiro álbum, eu escuto e penso “Meu deus!”. Eu me lembro de como tudo aconteceu, o resultado, a energia. Lembrando desssa época eu penso “meu deus, como nós criamos isso?”. Eu fico impressionado e o mesmo acontece com o Iowa. Quando nós damos entrevistas e contamos como o álbum foi feito, você se lembra de tudo mas pra realmente sentir isso, você precisa ouvir o álbum e cara… era uma época muito obscura quando fizemos esse álbum. Não existe nenhum tipo de atuação em nenhum álbum doSlipknot. Cada vez que eu escuto um dos nossos álbum, não consigo ouvir apenas uma música, se eu ouvir só uma eu tenho que ouvir o álbum inteiro. Cada vez que eu escuto um álbum eu fico muito orgulhoso e impressionado com o que nós fizemos.
E você deveria ficar! Nós sabemos que a bateria é gravada primeiro, quando você entra no estúdio para começar a gravação, normalmente você já tem a base da música pronta feita na pré produção, então na hora de gravar você já sabe o que esperar ou é mais espontâneo?
Na hora que eu chego no estúdio eu já tenho a estrutura principal do que vou fazer na música, e toco isso três ou quatro vezes. Normalmente a primeira e a segunda gravação ficam melhores, então faço pela terceira ou quarta vez e vou alternando e mudando algumas coisas. Eu nem penso sobre a música quando faço isso, eu apenas me divirto e depois vejo se ficou melhor e encorporo na música.
Eu falei com outros bateristas e eles disseram que tocam de 4 a 5 horas por dia, outros apenas fazem um aquecimento antes de entrar no palco. Por quanto tempo você ensaia?
Agora que estou escrevendo e estou no estúdio, eu diria que entre seis ou sete horas. No fim do dia seus braços e pernas parecem gelatina. É por esse tempo que eu venho praticando ultimamente, mas quando estou em turnê eu não ensaio demais porque gosto da ansiedade do show. Parece que quando você ensaia uma música muitas vezes ela fica menos interessante, não é como toca-la pela primeira vez. Durante a turnê eu apenas checo minha circulação no sangue e alongo os braços e as pernas e não ensaio tanto, mas em casa eu toco o tempo todo.
Certamente você inspirou muitos bateristas novos, mas quem te surpreendeu dizendo que era fã do seu trabalho?
Essa é facil. Foram muitas pessoas mas o que me vem primeiro a mente e o que mais me surpreendeu foi o Stewart Copeland (The Police). Eu não acreditei na primeira vez que ele me viu tocando em 2000, no show de San Bernardino. Ele estava lá porque tinha feito algumas coisas com o Sepultura e me viu tocando. E depois saiu na Modern Drummer que ele falou sobre mim, e nos tornamos amigos. O álbum “Zenyattà Mondatta” vivia no quarto dos meus pais e a bateria desse álbum e o jeito que ele toca é incrível. Eu cresci tocando músicas desse álbum e do Ghost In The Machine. É estranho ter ele como fã, e ninguém imagina que ele seja um fã de metal, é muito legal.
Joey, obrigado por tirar um tempo para falar com a gente, eu mal posso esperar para ve-los de novo em duas semanas, você tem algum recado para os nossos leitores?
Não, a gente mal pode esperar para voltar para a Austrália e esses shows vão ser legendários. Estamos ansiosos para chegar aí, e vemos vocês em alguns dias!



Em entrevista a Hardrock Haven, Joey se diz orgulhoso do que já fez com a banda


Cameron Edney da Hardrock Haven, recentemente conduziu uma entrevista com o baterista do Slipknot, Joey Jordison:
Hardrock Haven: No ano passado você lançou a edição de aniversário de 10 anos do segundo álbum do Slipknot  "Iowa". Quando você olha para trás para todas essas sessões de gravação, o que vem à sua mente?
Joey Jordison: É estranho, porque eu não escuto a minha própria música tanto assim. Quando você sai em turnê por dezoito meses em cada registro, você fica cansado dele. Porém quando você fica um tempo sem ouvi-lo, parece algo novo e bom, e a mesma coisa foi com o lançamento do 10º aniversário do primeiro registro, eu escuto ele e digo, "Oh, meu Deus!" Eu me lembro de tudo sobre como ele foi feito, o resultado, a energia. Lembrando daqueles tempos, eu penso comigo mesmo: "Meu Deus, como criamos esta porra?”. Quando fomos fazer as entrevistas e explicar como a gravação foi feita, você se lembra de tudo, você entra na vibe, assim que você ouve o disco, "Cara, nós estávamos em um lugar escuro quando fizemos essa gravação!". Toda vez que eu ouço os registros do Slipknot, eu não posso simplesmente ouvir uma música, se eu ouvir uma música do Slipknot, eu tenho que ouvi-la durante todo o tempo. Toda vez que eu escuto um dos registros do Slipknot, eu fico encantado e muito orgulhoso do que fizemos.
Joey Jordison (Baterista - Slipknot)

Hardrock Haven: Quando você entra em um estúdio para começar um processo de gravação você tem as bases de uma música já traçadas a partir de pré-produção, ou a coisa é mais espontânea?
Joey Jordison: Bem, pelo tempo que eu entro no estúdio, eu tenho a estrutura principal do que eu estou fazendo em uma canção, e eu vou fazer três ou quatro vezes. Normalmente o primeiro e o segundo take são os melhores, então eu vou fazer três ou quatro alternados. Eu nem sequer penso sobre a música quando eu faço o arranjo, eu só vou me divertir com ela.
Hardrock Haven: Eu tenho falado com alguns bateristas que dizem que tocam por pelo menos 4-5 horas por dia, outros que só aquecem minutos antes de subir no palco. Quantas vezes e por quanto tempo você pratica?
Joey Jordison: Ultimamente cerca de seis ou sete horas. Até o final da noite. Quando estou em turnê, eu não pratico, porque eu gosto do show ser emocionante. É quase como se você controlasse uma determinada canção tantas vezes, que você começasse a perder o interesse, somente quando você toca pela primeira vez que é empolgante. Na estrada eu realmente não pratico tanto assim, mas em casa eu toco o tempo todo!

Mudança de Planos no Slipknot:


O Slipknot declarou que não entrará em estúdio para gravar novamente até, no mínimo, o ano de 2013. Com shows programados para este mês na Austrália e depois na América do Norte, a banda diz que não usará os intervalos da turnê para fazer novos registros. Em entrevista à Kerrang!, Shawn Crahan disse que depois da turnê nos EUA, em agosto, eles vão “tirar um tempo, pode ser um mês, talvez um ano”. Ele declarou também que precisa encerrar o luto pela morte do ex-baixista da banda Paul Gray, que morreu em 2010 vítima de uma suposta overdose.
Corey Taylor

Sobre planos para um futuro álbum, o conjunto declarou que será algo “sério, para nós mesmos, para Paul e sua família”. De quebra, Crahan deixou um recado aos fãs: 
“Fiquem calmos, nós voltaremos. Não importa o que vocês lerem por aí. Estamos juntos e ficaremos juntos”.
Shawn Crahan



Corey Taylor e Dave Grohl fazem música juntos para Documentário:


Os dois músicos colaboraram em música que deverá fazer parte da banda-sonora de um filme de Grohl sobre os estúdios Sound City, onde os Nirvana gravaram Nevermind .
Corey Taylor (Slipknot)
Dave Grohl  (Foo Fighters)



Corey Taylor, dos Slipknot e dos Stone Sour, revelou que colaborou com Dave Grohl numa canção - produzida por Butch Vig (Garbage) - para um documentário do vocalista dos Foo Fighters sobre os Sound City Studios, onde os Nirvana gravaram o mítico álbum  Nevermind .
A colaboração entre Taylor e Grohl foi revelada, em janeiro, pelo músico dos Slipknot no seu Twitter. O artista diz agora que Grohl está a recrutar vários músicos para gravar temas para este projeto. "Ele está, lentamente mas de forma segura, a conseguir juntar todas estas pessoas para fazer música naqueles estúdios novamente".
Em declarações ao Artisan News Service, Taylor explicou ainda: "Ele ligou-me e perguntou: 'Gostavas de fazer um tema?'. E eu respondi: 'Estás a falar a sério? Vou já entrar num avião'. E é muito porreiro, porque sou eu, o Dave e o Rick Nielsen [Cheap Trick] num tema. Estou muito entusiasmado. É uma grande música".